Alergia a camisinha. Será que eu tenho?

O preservativo é composto por diversos elementos como o látex, aromatizantes, corantes e lubrificantes. Muitas mulheres procuram o ginecologista para avaliação quanto a possível alergia à camisinha. A alergia pode existir e não necessariamente ser decorrente do efeito de todos os compostos do preservativo. Há pessoas que podem ser alérgicas ao lubrificante, ao corante ou a ambos. O importante é identificar o agente causador.

As reações alérgicas verdadeiras podem ser divididas em duas modalidades: dermatite de contato e dermatites ou lesões de início imediato.

  • Dermatite de contato:

Pode ser desencadeada após tocar no produto ou inalar partículas do agente alérgeno (ex: látex). A gravidade dos sintomas é variável e pode acontecer após 5 minutos do contato com o preservativo. Geralmente, apresenta-se como sintomas leves: coceira, inchaço, vermelhidão, lesões na pele (“bolhinhas vermelhas que coçam e podem causar dor ou ardor).

O desconforto pode ser durante a relação sexual ou ser notado posteriormente ao uso, deixando a área bem vermelha e dolorida.

  • Dermatites de início imediato:

São considerados os quadros de apresentação mais grave, pois a reação alérgica é mediada em todo o corpo. Os sintomas moderados são: coceira na garganta, espirros, tosse, respiração ofegante e até dificuldade para respirar. Os quadros graves merecem atenção especial, uma vez que se desenvolvem rapidamente e podem levar a morte se não realizado atendimento adequado. De acordo com o American College of Allergy, Asthma & Immunology, os sintomas de anafilaxia são: urticária, inchaço, redução da pressão sanguínea, náusea, vômito, desmaio, dificuldade para respirar e parada cardíaca.

A reação alérgica ao preservativo pode acontecer em torno de 5 minutos após o contato com o látex e as feridas causadas pela alergia até 60 minutos após.  Não se desespere caso tenha alguns desses sintomas, pois nem todas lesões são decorrentes de alergia. Não podemos confundir a alergia verdadeira a camisinha com a irritação no local após relação sexual. Lembre-se: a alergia verdadeira é rara, acomete apenas 4,3% da população mundial. Na presença de sintomas, procure sempre seu médico para avaliação adequada.